Maconha, cigarro, bebida, remédio
Sou eu que escolho o que vai me matar
Essa puta me usa, me tira do tédio
Em troca minha alma ela quer levar
Eu soube de um cara que quis tirar a vida
Porque minha vida ela quis provar
Dois dias virado, não tive saída
Mandei ela embora pra outro lugar
Talvez seja difícil de cê entender
Vou falar baixo pra ninguém saber
Eu penso na morte pra me sentir vivo
Faço apostas sem pensar no risco
Jogo o jogo brincando com a sorte
Não paro e penso em cada consequência
Me destruindo pra me sentir forte
E me encontrando na própria ausência

Perdido nas esquinas
Colecionando vícios
Operário das ruínas
Decorador de abismos
Renascendo das cinzas
Eu já perdi a conta
De quantas armadilhas
Essa vida me monta
Perdido nas esquinas
Colecionando vícios
Operário das ruínas
Decorador de abismos
Renascendo das cinzas
Eu já perdi a conta
De quantas armadilhas
Essa vida me monta

Sempre que eu morro, eu nasço de novo
Tipo uma fênix levanto do fogo
Todo final acompanha um começo
Só pensando nisso que eu adormeço
Cinzeiro cheio com papéis queimados
Garrafas vazias e vidros quebrados
Quase toda noite me corto com os cacos
Depois que amanhece eu tapo os buracos
Auge da loucura, insônia, depressão
Sou a própria cura e a voz da razão
Se olho no espelho e não me reconheço
Já vejo o reflexo de um recomeço
E busco o calor em mais um dia frio
To sendo a luz pro meu lado vazio
Indo e voltando, eu sei que é preciso
Sigo meus planos até o paraíso

Perdido nas esquinas
Colecionando vícios
Operário das ruínas
Decorador de abismos
Renascendo das cinzas
Eu já perdi a conta
De quantas armadilhas
Essa vida me monta
Perdido nas esquinas
Colecionando vícios
Operário das ruínas
Decorador de abismos
Renascendo das cinzas
Eu já perdi a conta
De quantas armadilhas
Essa vida me monta