On the day the day the word stood still est une chanson en Portugais
No Dia Que O Mundo Parou...
No dia em que o mundo parou
O sangue estancou na veia
E as borboletas saltitantes dos estômagos apaixonados perderam suas asas coloridas
A pulsação perdeu o ritmo
A infância perdeu a ingenuidade e ganhou vários anos de idade
Envelheceram dentro de corpos infantis pela imoralidade sem dolo de adultos tolos
No dia que o mundo parou
Os bonecos ganharam vida própria
E na terra tecnológica, a pele siliconada tornou-se mais interessante que as biologicamente imperfeitas e flácidas
Robôs sapecas perderam a inocência de que eram apenas brinquedos
E como não apaixonar-se por seres que nada cobram?
Por olhos acrílicos, onde o vazio de sonhos acaba acatando o podre egoísmo de homens cansados de tanto desamor
No dia que o mundo parou
As mulheres perderam até a vontade da maternidade
Ser mãe não é mais fundamental!
Afinal, se o mundo parou importa alongar a curta vida, mesmo essa sendo vazia?
A qualidade perdeu o valor e a quantidade virou o objetivo sórdido
Os colos tonaram-se apenas braços sem abraços
E os seios, enfeites em corpos esquálidos
No dia que o mundo parou
O homem transformou seu estímulo em uma pílula azul
E esse ser “superior”, usa a força para deflorar aquela que tem a imagem a qual o gerou
Homens sem coração!
Enchem os olhos apenas por imagens, esquecem da temperatura da vida
No dia que o mundo parou
Os adolescentes perderam o encanto da descoberta
Seus corpos foram expostos ao desejo anormal de transformar o mais íntimo no banal, e na fase da descoberta já sabem tudo, qualquer absurdo!
No dia que o mundo parou
Os Anjos todos caíram em descrença
Aflitos com crianças adultas
Mulheres infantis
Homens vazios
Bonecos modernos
E adolescentes molestados
No dia que o mundo parou…
Parou!
E ficamos assim, vazios, sem amor.
Perdidos nos desencantos
Perdidos no egoísmo desmedido
Perdidos na solidão acompanhada
Perdido na ganância sem fim
Ou apenas, perdidos, parados e amargos.