Sempre que eu quiser vou ter pra onde voltar
Vou ter abrigo, eu sei, ter confiança eu também
E eu sempre vou voltar depois de umas canções
Depois do sexto turbilhão, depois na nona confissão

E sempre que eu voltar pra perto de Mamãe
Vou ter alento, eu sei, me alimentarei tão bem
E sempre que eu chegar ao peito de Papai
Para bem me religar e um homem integral virar

Quem dera eu puder deixar o meu querer
Completo meu resplandecer, desse voo terei que descer
E quando eu inventar desculpa para dar
Convencer não vou conseguir, pois a verdade é o nosso devir

E quando eu chegar, aonde hei de chegar
Um grande ventre Zen me acolheu, um mantra pleno veio me valeu
Porque eu tenho de aceitar, ajuda há de ajudar
Não temo mais a religião, porque eu sou um homem pós-cristão

Me chame pra cantar, pois o canto há de chegar
Aonde deve redimir e do teu sono te banir
Mas não demore pra chegar, é só o começo acordar
Depois tem tudo por fazer, cada dia é um passo pra que vai saber!
E ver!