Fartura e prosperidade quem nunca quis?
Só não pode esquecer tua raiz
Foi assim que aprendi lá de onde vim
Então continuo assim tipo aprendiz
Não sou juiz, desculpa a sinceridade
Habilidade apesar da pouca idade
Aê cumpadi, enquanto pulmão arde
Fazer arte é nossa parte
Só não pode fazer alarde
Então não late, segue só no sapatinho
De humildade e verdade é meu caminho
Não tô sozinho, sei que tem manos nas ruas
Degustando, destilando o sabor da cultura
Pura mistura tritura, arquitetura continua
Configura uma figura de uma mina nua

Pixado à luz da lua, no prédio, na altura
Muito jogo de cintura, fuga da viatura
Pixado à luz da lua, no prédio, na altura
Muito jogo de cintura...

Fuga da viatura, nós nunca tá de bobeira
Sexta-feira uns lóki cheira e outros cai na cadeia
Da mesma meneira, vê se acorda pra vida
O sistema que inflama, o RAP estanca a ferida
E cultiva amor, leva a paz aonde for
Só com sentimento puro se apagada toda dor
Vim pra compôr, então celebra a vida
O universo te deu ela e eu sou grato pela minha
Escrevendo umas rimas, deslizando pelas linhas
Transmitindo, transmutando, gritando que a vida é linda
Pare, pensa, reflita: Isso aqui não é uma rinha
A guerra é no sistema, não no RAP, então se liga
Para de patifaria, porr*, sempre essa história
Esquece que pra aprender a vida é uma escola
Não espera, faça agora, tempo passa, não demora
Tá na hora de externar toda essa revolta
Caneta é uma arma, tinta tipo bala
Patrimônio é o CARA*, viatura então vaza

Pixado à luz da lua, no prédio, na altura
Muito jogo de cintura, fuga da viatura
Pixado à luz da lua, no prédio, na altura
Muito jogo de cintura, fuga da viatura

Fuga da viatura
Fuga da viatura
Fuga da viatura