Que Deus proteja dessa noite tão escura hoje.
Pois observo que ela tá pra me matar.
Fecho os meus olhos e observo a alma quente.
Será que alguém do outro lado entende?

Que a vida não dá nada, mesmo sendo certo.
E eu caminhando contra o vento, mesmo sendo o vento!
E eu mar de correnteza, sendo correnteza.
Sofrendo um pouco demais pela ambição plantada.

E eu perdido no deserto, sendo eu deserto.
E calor da incerteza, sendo incerteza.
Uma andorinha solitária, mesmo no verão!
E nessa trama, eu sou o mocinho quando eu sou vilão.
A lua sempre chora quando cai a chuva.
Uma garota sem palavra nunca foi tão nua.
E o que seria dessa noite sem estrela alguma?
Como seria a minha boca sem beijar a sua?

E são perguntas delicadas que movem o mundo.
Que TPX nunca exista, se não for profundo.
E o que seria da razão se nunca fosse a fé?
E o que seria da minha força pra não estar de pé.

E nesse inverno, navegando pelo Mar Estreito,
Como filosofo perdido sem o seu conceito;
Como ateu, que nessa noite abraça até a fé.
Como um soldado que, na guerra, nunca está de pé!

Que Deus proteja dessa noite tão escura hoje.
Pois observo que ela tá pra me matar.
Fecho os meus olhos e observo a alma quente.
Será que alguém do outro lado entende?
Que a vida não dá nada, mesmo sendo certo.
E eu caminhando contra o vento, mesmo sendo o vento!
E eu mar de correnteza, sendo correnteza.
Sofrendo um pouco demais pela ambição plantada.

E eu perdido no deserto, sendo eu deserto.
E calor da incerteza, sendo incerteza.
Uma andorinha solitária, mesmo no verão!
E nessa trama, eu sou o mocinho quando eu sou vilão.

Será que vamos ser sobreviventes dessa guerra?
Tomei minha tulipa de sangue e esperei chover.
Será que as lágrimas dos anjos purificam a terra?
Cansado do sangue dos manos escorrer!

Pediriam pra eu não acreditar em quem contas as histórias...
Ultimamente, essas vozes andam contraditórias,
Só servem pra me enlouquecer, lembrar das minhas responsas.
Lágrimas rolam e a saudade dói demais da conta!

Até morrer eu vou lutar pelos peixes e onças...
Ser conquistado com suor e ver elas na conta.
Exalo ódio, me controlo pra eu não desandar.
Andei perdido no inferno e sei bem como é lá.

Presságio louco que vivemos, revejo essa cena.
Desiludido com propostas, me vi sem saída!
Escrevendo com gotas de sangue, vejo da janela
O caos reinando sobre a terra e só ceifando vidas.

Nesse espetáculo, as marionetes são humanas...
Manipuladas pra viver como está no roteiro.
Controle as emoções, faça valer os planos!
Foi bom a vinda... fé para os guerreiros!