Eu troquei meu tudo pelo nada que me apareceu
Achei, poderia ser
Não sei o que aconteceu
Ainda sinto o doce/amargo gosto que me deu
No dia em que meu eu morreu
Meu coração bate ainda fraco, sinto o desejo
O brilho opaco que reluz, me cega e eu não vejo:
As mentiras, o egoísmo, a raiva e o meu erro
No dia do meu desespero

Enquanto o tempo passar
A culpa a me abraçar
Não, não dá pra voltar
Não consigo respirar
Meu lugar, minha ilusão
Meus atos, minha direção

Não, não quero ser assim
Sei que me perdi de mim
Sinto por desapontar
Me desculpa

Eu sei que eu não deveria ter feito isso
Eu sei que você sempre se importou comigo
Mas naquele momento me vi tão sozinho
E no vazio de um sorriso me fiz prisão
Toda vez que me olho em frente ao espelho
Eu vejo aquele rosto olhando pra mim
Soprando-me palavras de muito desprezo
Lembranças de quando eu te vi partir
O sangue derramado pintou o céu
Tempestade se fez em meu coração
Escrevi minhas mágoas em um papel
Pra transformá-las em alguma canção
Que vou cantar para me escutar
Que vou cantar no olho do furacão
Que vou cantar pro mundo enxergar
As marcas dessa minha redenção

Enquanto o tempo passar
A culpa a me abraçar
Não, não dá pra voltar
Não consigo respirar
Meu lugar, minha ilusão
Meus atos, minha direção

Não, não quero ser assim
Sei que me perdi de mim
Sinto por desapontar
Me desculpa
Não era pra ser assim
Mas eu pensei mais em mim
Deixei o ego me cegar
Me desculpa