E logo cedo…
Encaro a Sociedade
Pra tapear o estômago
É bolacha cream crackers
Olho a janela
Querem fugir da realidade
Pra tapear a mente
Os nóia tá usando crack
O sonho dos moleque
É ser jogador de bola
Mas nasce numa sociedade
Onde é jogado
Julgado pela cor
E pela classe social
Onde ser antissocial
É sua melhor escolha
“É o carro do ovo
Passando na sua porta”
Só que o dinheiro foi pra luz
Porque se não os cara corta
E o carro dos Homi
Que ta parado na minha porta
Só que eu não devo nada
Mas pra eles pouco importa
Abre a porta neguin a casa caiu
Mas quem tava errado
Não era eu, era o vizinho
Eles bagunçaram tudo
Depois pediram desculpas
Mas do quê adianta isso
Se eu encarei o seu fuzil
Chega com o carro apagado
Os cara tá de balaclava
Se fosse os homi que fala
Tava era mostrando a cara
Esses demônio se sente Deus
Porque ta com uma farda
Causam tanto sofrimento
Iram pagar a conta cara
E é que foram vários tiros
No carro de uma família
Motivo, era preto
E morava em periferia
Quando eu saio de casa
Não sei se eu vou voltar
Mas no final da oração eu falo:
Bem que eu gostaria
Manipulado pelo governo
Que quer calar nossa voz
“Já é preto e favelado
Se for esperto é contra nós”
Dão uma droga pra usar
E uma arma na sua mão
Mais um que não passa dos vinte
Menos uma preocupação
Vendendo morreu mais um
Devendo foram mais 2
No morreu mais quatro
E por nada vários se foi
Em caso de agressão
Denucie o agressor
Mas como eu falo a polícia
Que a polícia me espancou?
É que eu ando preocupado
Tô preocupando o governo
Tô falando pra car****
O que esses put** têm feito
Eu to lutando igual king
Não quero acabar igual king
Minha força é de king kong
E a mente é igual a de Gandhi
Vocês vão nos ver no topo
Nós viemos do pouco
Mas nosso esforço é muito
Pode se igualar a grande
Eu vou na fé não na sorte
Minha sorte é ter fé
Coisas me livram da morte
E mantém minha cabeça em pé
Lá no colégio a professora veio falar
“Arte é tudo aquilo
Que usamos pra expressar”
Mas quando eu expresso raiva
Do meu país sanguinário
Você não é mais artista
Acaba sendo um adversário
Pobre votou vinte e dois
Diz não ter do que exigir
Passa fome confortável
Igrejas alienam aqui
Diz que tá na paz
Mas tá na merda
Conheço esse enredo
Lembrando…
Paz sem voz na verdade
É puro medo
E a formiga só trabalha
Porquê não sabe cantar
Mas com o peso nas costas
Tem muito pra reclamar
Deveria ouvia a cigarra
Se é cada um com seus problemas
Se fo** Rainha, formigueiro
E a po*** do Sistema