Sentado e calmo na sombra das árvores, analisando as fases e cartazes desse plano falso
Arma em punho e pé descalço
Ouvi dizer que a tirania não transcende mas aperta o passo
E eu bato gavetas, ladrão
Bato que bato gavetas ladrão
Como um fantasma, arrasto mesma
Sozinho e preso nessa solidão

Não disfarço as drogas que uso, mulheres que quero
Homens que odeio, libertino efêmero
Devoro as fotos que me agradam, queimo as poesias que decoro
O resto é macha lenta e decoro, venho alimentando o mau agouro

Agora a ponta da espada é a ponta da caneta
E a ponta da caneta é o efeito Vendeta
E ao ponto que a vingança é o volume na blusa
Entre cobras e pedras no efeito medusa

Quem tava lá no início, na genes do precipício
No início do início, antes do princípio, gênesis do precipício


Batendo mais cabeça do que enchendo gaveta
Minha vida é uma guia que não posso concertar a letra


Foda-se a voz, eu entendi a pódio
Odeio sarais e slams
Eu frequento esses lugares por ódio


As balas de gengibre não são doces
Pra libertar o verso aprisionado
Derramou água salgada nas flores


E com que cara vc quer ver beleza nessas flores?
Elas estão murchas pra
Receber aplausos das outras flores


É a cadeia alimentar
Nos alimentamos de lágrimas
Quem poderá nos ajudar?


Eu? Como com peito cheio de agonia
Eu queria uma vida leve
Pau no cu da poesia


Vida leve para os poetas
Depois que entendi os abraços apertados
Comecei a odiar a AmBev
Mesmo patrocinado pela AmBev
Esse estresse as pétalas caem
Isaac pegue mais leve
Terminar mais um sol, mesmo embaixo de toda essa neve
As pétalas caem Isaac pegue mais leve
Com você com você
O sol derrete a neve nunca é tarde pra florescer
Eu bato palmas pra mim e pra você
No escadão com a minha e a sua solidão
Olha as cores no chão tem tinha pra mim e pra você
O cheiro da flor é o cheiro da força
Recolhendo o grito e levando pro Cristo pra livrar da forca.