Nessa invasão
Do meu som que tá tocando gera amor e redenção
Não sou refém de ideias mas elas que vem e vão
As zonas do meu cérebro entrando em colisão
Eles tão levando a sério o que eu falei

Com coração
De quem nasce em Novembro e lê toda tua intenção
Que quando a gente pisca deixa tua roupa no chão
Vários sentaram à mesa e não se mostraram irmãos
Então me desperte da ilusão

Logo eu, analfabeto na língua que falam pra puxar o saco
Sempre fui meio indiscreto, te deixando explícito qual é meu papo
Nado no choro de quem torce contra, que não é da minha conta seu B.O. comigo
Faço minhas linhas, cê acha uma afronta? Carapuça serve, o problema é contigo

Shopping novo, Shopping velho
Eles me pedem foto, sempre sou parado
Que eu tô construindo um império
Fazer minha turnê, geral grita: “Marvado”

Joaquinzão tá lotado
Mas no banco esperando minha vez
A hora que esse jogo virar vou marcar o meu nome como ninguém fez

Te causa arritmia, minha rima desfibrila, o estilo que eu desfilo no Instagram
Pô, é todo dia, visita compulsiva, manda os stories pras amigas todas são minhas fãs

Olha que bonitinho o cavanhaque dele
Vale do Paraíba dita a moda, né não?
Prestaram atenção nesse sotaque dele?
É que puxando o R nois canta com coração

Vão perguntar se eu dou conta de tudo
Como as palavras vem como num fluxo
Lírico, empírico, onírico
Eu meio satírico mudando o mundo

Nois é bondoso, não é surdo
As vezes calado, não mudo
Poeta frenético, ético, médico
Talentoso absurdo

Sempre vão falar, então deixa falar
No fundo querem ter sua vida
Eles nunca vão parar de olhar, de reparar
Que o meu hobbie preferido é calar quem duvida

Vão me ver viajando
Pra fazer o meu trampo onde cês passam férias
Tanta gente tão pobre, pô
Só ter dinheiro também é miséria

Eu falei que isso ia acontecer
Pagaram pra ver? Hoje pagam meu show
Levanta a mão que minha história emociona
Divino é meu flow, te arrepiou

O que vem de bom de Nazaré? Não
O que vem de bom de Taubaté?
Pergunta daqui cinco anos:
“O melhor da cena me diz quem que é?” EHORAFA

Sem corrente, sem boné
Meu maior adereço é minha fé
Eu nem sei o nome dos carros
Mas sei que vou comprar aquele que eu quiser

Acelerando com a gata cantando: “vencemos na vida, de fato”
Os meninos sonhavam em ter a loira do lado, pô, graças a Deus tô casado com ela

Que bela donzela, minha Cinderela, minha atriz de novela, com olhar que congela
Te quiero bailando comigo acapella
Domingo eu na tela, invejoso se esgoela

Nessa invasão
Do meu som que tá tocando gera amor e redenção
Não sou refém de ideias mas elas que vem e vão
As zonas do meu cérebro entrando em colisão
Eles tão levando a sério o que eu falei

Com coração
De quem nasce em Novembro e lê toda tua intenção
Que quando a gente pisca deixa tua roupa no chão
Vários sentaram à mesa e não se mostraram irmãos
Então me desperte da ilusão