Qual indivíduo é você,
o do quarto escuro ou do post no insta?
Mas quem sou eu na fila do pão?
Quem é tu na fila revista?

Folhas em brancos no meu caderno
E alguns rascunhos Marxistas
Comida no prato e amor paterno
Mais ostentação que sua camisa

Respeito não tem nada a ver medo, verdade
Idade não tem nada a ver com a maturidade
Tua opinião irrefutável é um fóssil
Vou morrer sem descobrir a verdade, ultraje

Suja meu roga de batom, deixa os careta ser chatão
Ao som do trap que eu faço, ela desce
Depois é dom, dom, dom, dom, dom...
Fogo e gasolina, vagabundo brisa igual maconha e nicotina

Fala que eu não tô valendo nada
Pra você eu posso ser mais um
Me deixa daqui fazendo nada
E só de raiva eu vou apertar mais um

Iluminado não illuminati
Abençoado, por Deus protegido
Prevejo seus passos, me chame de itachi
Protejo meus manos, somos coletivo

Amigo do peito, chamo de colete
Sem listra na peita, Pique virgulino
Pra cada mancada é uma bala que canta
E pra cada momento tô escrevendo um hino

Se tiver mandado descarrego o pente
Meu ódio é antigo minha glock é recente
Na má intenção que esvazia o recinto
Não é arma na cinta, se é que tu entende

Eu fugi do quinto, bebê hoje é sexta
Essa mina maluca disse que não presto
Te deixei confusa, não te fiz de besta
Sigo um paradoxo, bandido e honesto

Tem tanta boca pra calar
amor e ódio quem dá recebe
quem recebe repassa repense seus passos
De qual dessas fontes tu bebe?

Menos sutil e talvez mais vulgar
com aqueles que julgam a vida alheia
apertando outro, observo afundar
já que eles são firmão igual prego na areia

Fala que eu não tô valendo nada
Pra você eu posso ser mais um
Me deixa daqui fazendo nada
E só de raiva eu vou apertar mais um