E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

Atrás de uma mesa ganhando um qualquer
De terno, maleta, sem usar boné

Caguetando os parceiro, amigos de fé
Levando porrada, soco, pontapé

Mal visto na pista, sem uma mulher
Tirado de otário, pamonha e Zé

Achando graça no que nunca é
X-9, novela, polícia e axé

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mane

Artisticamente rimando,
Bezerra da Silva, o maior dos malandros

Escutando seu samba, encontrei o encanto
Dessa tal poesia, feita sem choro, nem pranto

Narrativa de morro, de bairro suburbano
Que retrata a pobreza e o cotidiano

Que vem das periferias de todos os manos
Que recebem esmolas ao passar desses anos

Compositores anônimos por ele foram lançados
Seu samba denúncia pela mídia marginalizado

Mas fez muito sucesso em todo pedaço
No seu partido me inspiro pra criar meu compasso

Ao rei do côco agradeço aqui nesse espaço
Digo que em seu samba fui influenciado

A favela e o morro sempre vão te saudar
Bezerra da Silva, parecido, igual não haverá

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mané

E se não fosse o Bezerra
quem sabe hoje em dia eu seria um mane