Voo da ave sucumbe no além
Língua de fogo, do beijo da morte no céu

Soja que brota, desbanca o habitat
Tora no chão,
Bancada do boi que sorri

Balsa arranca a vida do rio
Do ouro ao garimpo, é o câncer que o dízimo banca

Fim de mundo
Aldeia virou Latifúndio

Arrependei-vos
Salvos e escravizados

Genocídio
Queimada que vira dinheiro

Fauna que grita de dor e agonia
Ecoa terror /em meio a chacina

Queima floresta num monte de cinza
Grito da onça queimada na brasa

Minério que brota no leito do rio
Tonel de mercúrio, veneno e fuzil

Extermínio
A hecatombe começou

Forno de horror, derrete no além
Nuvem de gás, sufoca no beco sem fim

Farda oliva, covarde servil
Jura a bandeira, se esconde sob o céu anil

Índio na luta em solo hostil
Reza e morre no inferno chamado brasil

Fauna que grita de dor e agonia
Ecoa terror em meio a chacina

Queima floresta num monte de cinza
O choro da onça queimada na brasa

Minério que brota no leito do rio
Tonel de mercúrio, veneno e fuzil

Extermínio
A hecatombe começou!