A GERAÇÃO DE 45


O Rap das Escolas Literárias
Veio para explicar
Que Literatura é fácil
Até no vestibular
Quem não aprender cantando
Vai dançar, vai dançar (bis)

A geração de quarenta e cinco
Tinha como objetivo
Negar os valores definidos
Pelos escritores do Modernismo

O fluxo da consciência
Era a tônica da prosa
Enquanto a poesia
Primava pela lírica e a forma


Clarice Lispector

Clarice Lispector fundia
Objetividade e subjetividade
Na prosa psicológica de 45
Como em Perto do Coração Selvagem.

Além de romances e contos
A ucraniana, também escrevia
Crônicas e histórias infantis
Uma verdadeira estrela! Quem diria!

João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto
Buscou a linguagem formal
Em Morte e Vida Severina
Um verdadeiro auto de natal

A obra retrata o sofrimento
Do retirante nordestino
Que foge da seca e da fome
Em busca de outro destino

Severino trilha o leito seco
Do conhecido rio Capibaribe
E parte desiludido e cansado
Em direção ao Recife

Na capital, o nascimento
De um menino sinaliza
Que a esperança ressurge
Diante à negação da vida



Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa
Criou palavras novas
A partir da fala dos sertanejos,
Que efeito poético na prosa!

Porém é preciso lembrar
Que o sertão de Guimarães
Ultrapassa a geografia de Minas
E assume universais dimensões

O mineiro escreveu conto, novelas
E o romance Grande Sertão: veredas
Aprendeu sozinho Alemão e Russo
Foi apaixonado pela natureza