Me lembro agora do ranchinho na fazenda que papai com a família cuidava com tanto amor,
De manhãzinha o sol vinha despontando, na penumbra do ranchinho os raios a clarear,
O nosso relógio era a passarada cantando e na ponta do ranchinho um canarinho a cantar,
Ai que saudade do cantar do sabiá, parecia uma orquestra regida por Deus Jeová.


Ô que saudade do ranchinho beira chão, dos cultos de orações que Deus vinha nos visitar,
Hoje eu trago no meu pobre coração, a lembrança e a saudade do sertão e do luar.


Quando a noitinha, mamãe fazia a fogueira e em cima da porteira um urutau a cantar,
Pelo caminho, bem de longe a gente ouvia, o barulho da família que vinha a Deus cultuar,
Todo cansaço a gente deixava de lado, todos vinham animados para Jesus adorar,
Foi na fazenda onde tudo começou e esse grande talento Jesus nos entregou.

Jamais pensei que deixaria o meu roçado, a fazenda e o nosso gado, o meu bonito alazão,
Minha viola que nas madrugadas frias nos trazia alegria junto com o meu violão,
Hoje em dia moro na cidade grande, onde tudo é diferente muito longe do sertão,
Hoje eu comprei uma viola moderna pra lembrar lá do ranchinho do pedacinho de terra.