Cheguei no poço atrás do meu sonho
Braços dormentes parece morfina
Não existe fuga na minha prisão
Não tem cela, horário ou vigia
Isolamento dentro de si mesmo
Sentimento que me fez ferida
Um dia desceu o monte e me chamou de filho
Então matou a arte pra salvar minha vida

A indústria é um trator e vai moendo sonhos
Atrás desse palco existe uma vida
É simples, irmã é igual a sua
E toda vivência traz sua ferida
Perguntei pra Deus de quem é a culpa?
De quem me escravizou ou de quem eu matei
Depois de dois mil anos só me senti livre
Quando cansei da culpa, e me perdoei
(Perdoei, perdoei, perdoei)