Vesti os meus calçados
Os teus pés arados pelas próprias poesias
Amarrastes os teus cabelos
Com os fios embrenhados dos laços da minha vida
Fizestes mugangas ensinadas
Cacoetes
O quão linda
Um olho que separa
Apaga
Para o outro poente ir se abrindo
São as pernas do destino
Entropia sem prejuízo
É o fim que não vem vindo
Quando tua voz ""esmolece""
Tua poesia estremece, minha carne mergulhada
Nas águas da minha morada
Vida, corpo, célula, sangue, mar, entrada
Entrei
Nos caminhos vastos do teu pensar
E se pensei antes de adentrar
Não foi por falta de desejo
Pois o meu amor
Já tinha doada
Foi por ti cativado
Pelos olhares de silencio e desejo
Suas palavras debulhadas
Tua alma esbranquiçada
Que nem a mais fina lã
Nem o leite da mais pura ""marrã""
Chegam perto do brilho da tua aura
És rainha de Santa Cruz
E dos sertões pernambucais
És o próprio cariri
E todas as vastas pradarias
Infinitas por ali
Nem a mais linda turmalina
Representa a beleza advinda
Da tua poética de vitrais do tempo
És a musa paraíba
Dos mouras, nunes, cazuzas