A louça ainda tá lavada ao seu dispor sinhá
A roupa ainda tá passada ao seu dispor sinhô
Senzala que chora, que fala do povo yorubá
Chibata que bate, que mata, causando dor
Batida marcada na pele ao som do ‘rumpilé’
Lamento e pranto em silêncio doído e de muita fé
Vento que sopra no rosto por gosto de amplidão
Trancado no espaço de aço de uma prisão!
Coração...bate tambor...
Na cor preta que é nascente
Semente plantada na origem dessa nação
Luta diária para viver, nunca perdendo a fé
Luta diária para vencer, nunca perdendo a fé
Tiro certeiro no peito ao acaso e que vem do céu
Pouco importa a vida menina de algum João
Vira notícia, polícia, e depois se perde ao léu
Só mais um, qualquer um, nessa escravidão!
Coração...bate tambor...
Um povo buscando igualdade
Sonhando na liberdade por onde for....
Luta diária para viver, nunca perdendo a fé
Luta diária para vencer, nunca perdendo a fé
Yorubá: um dos povos africanos escravizados no Brasil