Um povo que vivia em trevas viu grande luz

A opressão não acabou os lobos matou Jesus

Se passaram 2000 mil anos nada disso mudou

O meu povo ainda clama por socorro moro

A mentira e falsidade vem como amostra grátis

Fingem não ver o descaso das comunidades

Eu vim da guerra... querem me falar de paz

Vê se me erra... pra trás de mim Satanás

Eu Tô armado de rima é só rajada de palavra

O zé polvinho atrasa lado la na quebrada

A revolta bateu na porta, fiz dela minha aliada

Eu acordei pronto pra guerra com as rimas engatilhadas

A missão que me foi dada tiozão é de resgate

Ir no inferno salvar os loucos que estão indo pro abate

Os manos estão ficando louco trocam Cristo pelo mundo

Vários manos arriscam tudo fica esperto vagabundo.

Isso é uma guerra, o soldado está ferido,

Por todos os lados pressionados tiozão não abatido

Perseguido, oprimido eu não fico desesperado

O diabo cega o entendimento de que vive alienado

May day! May day! May day!

Humanidade sitiada guerra declarada

E na caminhada cápsula deflagrada,

Um inocente atingido no campo de batalha,

mais uma mãe que chora, mais um que vai embora e vira estatística na mão dos ""canalha""

Favela chora diariamente... Pois assim como diz o ditado:

""Todo vagabundo tem uma mãe que é crente"".

E frente a frente com a morte pela culatra foge a valentia,

Mas a covardia impera e faz moradia nos becos da periferia (hã!)

Maldita Babilônia! corrompe quem sonha, destrói ideais,

E à em quem dobra os joelhos causa insônia,

Sobrevivente no meio do fogo cruzado e testemunha ocular,

O árido do deserto aqui foi instaurado dentro de cada olhar,

Fumegante e escaldante como o sol,

que assim como é quente e intensa a luz que dele brilha

Sigo na direção do farol

No meio da guerra fugindo de toda covardia

Ando meio conturbado então nem tenta bota pilha

Trabalho, dinheiro, o rap, a família

Não sei meu futuro, mas planejo o da minha filha

E todo investimento tem retorno pra minha firma

Nós chega e muda clima, se é ruim vai ficar bom

Ninguém altera o tempo isso é mais um papo fake dos maçons

Salve Paulão, o grito ecoa e torna um Avalanche

Sem liga pro que nóis fala questionarão o x no nome

Não é o x de tentação

É o x de mó tempão

É o x de Malcom X

E o x da tua questão

Duas décadas de luta

E mais cinco do ocorrido

Despertei de um breve sono

E no sonho era oprimido

Não tem paz em comprimido

Meu dever não foi cumprido

Abrem crânios com projéteis

Nóis abre com rap e livro

Eu não sou bandido

Minha postura é pelo respeito

E a mira da Black rap tá focada no teu peito