Nascem nos campos em ranchos pampas
Se fazem homens nas amplidões
Domas de potros, rondas de tropa
As campereadas e marcações

Trazem nas faces os testemunhos
De intempéries e de arrebóis
E ao fim das tardes eles desenham
Suas silhuetas nos por de sóis

De volta as casas, bem a noitinha
Quando se acendem constelações
Sob o silêncio da Soledade
Mesclam saudades pelos galpões

E ao pé do fogo falam nas lidas
Em fêmeas lendas e pajonais
E aos mais jovens contam solenes
Feitos heroicos dos ancestrais

Assim unidos rumbeando sonhos
Cernes crioulos de um mesmo clã
Bombacha larga, querência e botas
Repontam notas para o amanhã

De volta as casas bem a noitinha
Quando se acendem constelações
Sob o silencio da Soledade
Mesclam saudades pelos galpões