Desacato est une chanson en Portugais
Revolta que exala, transborda, inala o vício
Abala as estruturas há dois passos do precipício
Precipitando atos falhos, esquartejando vários ratos
E se estourar a corda é porque distorcem os fatos
Guerrilheiro nato, cada vez mais apto, caráter intacto, seu mito decapto
Meu verso é desacato, contratado pela rua
Sem trair postura, as linhas causam impacto
Não traio quem sou, desde 96: missão
Grito dos excluídos, transcrevo, sente a dor
Pente descarregou, humilhação é munição
Diz quantos corações recheados de rancor
Separam por cor, classe e gênero
Felicidade é sempre um momento tão efêmero
Não sou Homero mas escrevo minha própria Odísseia
Fente inúmeros problemas, eu não me desespero
Sem temer o inimigo na batalha
Olímpia impera o corte frio da navalha
Caralho, segura suas falhas, ninguém aqui costuma ser fãzinho de canalha
Apara a bala com a tua cara
Judas viaja pra vala
Mano, cala tua boca
Você não vale nada
Respeito é requisito na na quebrada
Ajoelha e reza, quem sabe sua alma salva
Descarrega o pente vai, me faz de bode expiatório
Jamais vai me abalar seu mundinho ilusório
Sinto cheiro de velório em toda fé que é morta
De quem atravessa primeiro pra poder trancar a porta
Aborta a criação do gênio
Entupido de THC, morreu sem oxigênio
Aqui o mais ingênuo que eu vi, esbanja inteligência
Peca por prepotência, se torna tão pequeno
Sei que eu sou um alvo, sei que as costa é larga
Mas não vou abortar a missão pode dobrar o peso da carga
A praga que me traga é a ingratidão que apaga
O que eu fiz por alguém que hoje me fere a punhalada
Gratidão não se paga, muito menos se cobra
A mão que me afaga sempre foi a mão de obra
Pobre, filho de trabalhador
Desde sempre eu aprendi o valor do meu suor
Agradeço pai e mãe por hoje eu ser quem sou
Deus trabalha na humildade fi, não se sinta melhor
Não me senti, aprendi com o que vivi
Sem dar confiança pros falsos que conheci
Da verdade eu descobri e não tem mais como mentir
Você a si próprio iludi quando tenta me iludir
Não é só falar que é nois, vagabundo tamo junto
No momento que eu calo minha voz é que tô observando tudo
Obscuros seus planos
Por baixo dos panos
Insanos de droga
Escravos mundanos
Espantando demônios
Acertos errôneos
Insano de droga
Mais um ser humano
Porque julga mano faz afronta e tanto aponta
Quando o caixão fecha a tampa é o mesmo buraco no fim das contas
Fecha a conta da vida que esse aí não volta mais
Chegar no leito de morte, se arrepender olhando pra trás
O que você faz pra você mesmo que volta, desde os primórdios essa é a lei
Se meu momento hoje tá difícil só tô colhendo o que eu mesmo plantei
Se tombei me levantei, não jogo a toalha nem beijo a lona
O inimigo é sujo eu sei, me dá com uma mão e com a outra já toma
De longe eu sinto o aroma, falsidade que cheira derrota
Inveja é fruto do cão, desse sentimento distância é a cota
Na toca se entoca
Solidão sufoca
Demônio que invoca
Maldade provoca
Se perde na coca
Pro time convoca
As dondoca
Que compra balinha ca nota
Então nota
E anota a proposta
Idiota quem aposta
E não aceita derrota
Sem facas costas
Vocês viram chacota
Olímpia na cena
Só fratura exposta