Quando reponto o meu rumo,
Busco improviso e ramada.
Nas pulperias, consumo,
Períodos de guitarreada.
De égua bem encilhada
Vou astuciando meus pilas
Pra me entreter lá na vila
Vou de cola embandeirada.

Acho lindo um bate pata
Sei jogar e não garganteio
Não dou lambuja ou mamata
No truco, vale o careio.
Se me botarem, tenteio,
Ainda mais quando palpita
Pra que lombo de mulita
Se for pra pelear, peleio.

Guaiaca lá pelo umbigo,
Chapéuzito pela nuca,
Não boto a mão em cambuca
Pra impedir choro em jazigo.
Pra impedir choro em jazigo
Não boto a mão em cambuca
Chapéuzito pela nuca,
Guaiaca lá pelo umbigo.

Mais um gole e pego o osso
E uns trocaditos na cancha,
Não corro daqui seu moço
Que esse barro não me mancha.
E bombeando assim de prancha
Pra um cardume de morena
Minha alma se envenena
Pra cortejar as pinguanchas.

E um bailarico na vila
Não serve pra cola fina
Com pouca luz na pupila
Goela grossa a canjibrina
Me encosto numa franzina
Me dando direito a tudo
Tô ficando redeiudo
De tanto trotear com china.