Eu vou contar a história de um menino.
O seu nome era Paulinho, preste muita atenção.
Aos quatro anos, num acidente fatal,
Paulinho perdeu seus pais e também seus irmãos.
Sem ter parentes, Paulinho foi adotado
por uma pobre viúva que servia ao Senhor.
Aquela irmã avançada em idade
ensinava a verdade, o Paulinho com amor.

A situação financeira era ruim,
aquela pobre viúva não recebia pensão.
Lavava roupas para aquela vizinhança,
mas para aquela criança não deixava faltar o pão.
Aos sete anos, Paulinho foi para a escola,
ele começou a ver o quanto a mãe sofria.
Disse para ela: "Mamãe, eu quero ir trabalhar
para poder te ajudar a comprar o pão de cada dia."

Aquela mãe, com o coração apertado,
Paulinho, com 8 anos, já queria ajudar.
Mandou fazer uma caixa de madeira,
o Paulinho, sorridente, disse: "Mãe, vou engraxar."
E todo dia chegava antes do culto,
com um saquinho de moedas para sua mãe ele entregava.
Antes, tirava 10% para o Senhor,
entregava na igreja onde ele congregava.

Um certo dia, Paulinho trabalhou muito
e se atrasou para o culto de sua congregação.
Igreja humilde do lado da periferia,
onde ele residia com sua amada mãe.
De onde estava, avistou uma grande igreja,
bonita e luxuosa, bem no centro da cidade.
E o menino, muito alegre, ficou,
naquela igreja entrou, mas dali foi retirado.

Igreja rica, tapete, poltrona boa,
tinha parede de vidro e o altar todo enfeitado.
Quem ia ali eram advogados e juízes,
empresários muito ricos, senadores e deputados.
E o Paulinho não pôde entrar,
estava sujo de graxa, em frente à igreja ficou,
chorava muito, sentado no caixote,
mas veio um homem de branco e com Paulinho falou.

Aquele homem também estava chorando
e perguntou, soluçando: "Por que chora, menino?"
E o Paulinho respondeu, muito assustado:
"Ao entrar nesta igreja, de lá fui arrancado."
E o menino, olhando para aquele homem,
"Você também está chorando, quer agora me explicar?"
O homem disse: "Sou Jesus, o Nazareno,
também entrei nesta igreja e me tiraram de lá.

Quantas igrejas luxuosas por aí,
que a briga é pela gente rica, alta sociedade.
Quantos Paulinhos são expulsos lá de dentro,
por não ter uma aparência nem um traje adequado.
Gente humilde, com pouca instrução,
nem para dar saudação tem a oportunidade.
Será que ali tem lugar para o Senhor,
ou será que a posição faz parte da santidade?