Enquanto eu bolo a vela ela tira o sutiã
Faz frio em São Paulo, vem pra cá pro cobertor
Que se tu tiver no gás nois transa até de manhã
Pra no fim passar as férias muito louca em Salvador

É que odiamos a vida baby
Essa estrada me tornou assim
Faz um tempo que eu não durmo direito, e baby
Sabe, eu já enxergo o meu fim

Quando eu passo na sua rua eles gritam
"Porra, como esse moleque novo tem tanto ódio do mundo assim?"
E eu respondendo e bebendo, chapado, fudendo
Com meu dedo do meio balançando assim

Vai lá, vai lá, filho, não joga
Vai lá, vai lá, eles não tem odeiam
Vai lá, vai lá, o mundo te cobra
Quantoo mais cê foge, mais cê se rodeia

Vai lá, vai lá, tenta fugir
Vai lá, vai lá, o que te assombra
Pode, pode, saia daí
Eles não conhecem sua sombra

Levei uns anos e uns anos
E perdei umas vidas que nem mais eu sei
Eu apareci na tela uma vez e eles disseram
"Marcos, o que que cê fez?"

O que um moleque viveu muita coisa
Aprendeu que não pode mexer mais com isso
Usei umas drogas, amei alguns copos
Pra no fim de tudo eu morrer aqui sozinha

Venha, venha, comigo agora, agora
Não posso esperar, não posso esperar
Tenho medo, sabe nega, eu tenho medo
Muito de te machucar
De te machucar

Enquanto eu bolo a vela ela tira o sutiã
Faz frio em São Paulo, vem pra cá pro cobertor
Que se tu tiver no gás nois transa até de manhã
Pra no fim passar as férias muito louca em Salvador

É que odiamos a vida baby
Essa estrada me tornou assim
Faz um tempo que eu não durmo direito, e baby
Sabe, eu já enxergo o meu fim

Quando eu passo na sua rua eles gritam
"Porra, como esse moleque novo tem tanto ódio do mundo assim?"
E eu respondendo e bebendo, chapado, fudendo
Com meu dedo do meio balançando assim

Vai lá, vai lá, filho, não joga
Vai lá, vai lá, eles não tem odeiam
Vai lá, vai lá, o mundo te cobra
Quanto mais cê foge, mais cê se rodeia

Vai lá, vai lá, tenta fugir
Vai lá, vai lá, o que te assombra
Pode, pode, saia daí
Eles não conhecem sua sombra