Ideias e Visões est une chanson en Portugais
Tabuleiro imprevisível sem gambito
Um jogo que pinhão não consegue se mover
É aquele retrato da cidade
Onde muitos trabalham pra poucos poder vencer
Século XXII, que historia será contada, será da criança armada que não teve amor dos pais?
Ou daquele muleque que mesmo sem estrutura encarou a vida dura e multiplicou os reais?
A vista que aqui nos é imposta, né?
Só que o passo da ação ele parte de você
Não vai pra grupo, jão
No erro do seu próximo, maloca tem ser lógico e
não agir na emoção
Dinheiro eu também quero, quem não quer?
Todo mundo quer também
'Nois vem vindo de baixo ignorando o impossível
E mostrar pra esses gravata todo nosso grito lírico
Corrente de ouro
Mais o pensamento é livre
Aqui o papo é reto e playboy só tem ad-lib
Essa porr* não é por fama, grana é recurso
Preto vencendo e racista cortando o pulso
Violência policial herança da escravidão
Quando o Gueto se juntar vão ver o que é revolução
Tiraram educação, saúde e lazer
Faz a gente competir só pra ter o que comer
Se é o verdadeiro crime roteirizando outro fime
Com o final que 'cês já sabem, com o final que 'cês assistem
Ganhar dinheiro com o desespero da minha gente
No Brasil ninguém mais é inocente, jão
Me dar minha parte então, de brincadeira não
Pitbull com fome fora da coleira
Corre carteiro bate carteira, vocês não deram recurso mas tem comida na mesa
Tudo normal
Prazer Brasil babilônia, país tropical
Miolos no asfalto no calor de mil grau
Pro sistema é interessante 'nois tudo em Venceslau
Pretos e pretas exilados a andar com pau
E 'nois não é indiferente
Gente como a gente cai até sem da 'faia
Sendo boyz in the hood
Ou um preto que trabalha
Tiranos, fazendo jus ao nome, canalhas
Segura o rojão com peito, vai filha da put*
Não reage, não se move
Eu canto igual revólver
O sistema é meu alvo
A rima é um assalto
Largo logo o plack tudum
Nos vermes planalto
10barao e grito lírico
Som de drão e fidedigno
Revolta dos muleque
O Rap é o teste, é a febre
Sociedade do patrimônio e a vida segue em segundo
Onde um punhado tem tanto e um tanto tão pouco
Sem chances no agora, o futuro é depositado na boca de fumo
Quando não morto, preso
Problemas reais vistos como fantasmático
Tudo é mais complexo quando periférico, não hétero, preto, sertanejo
Estamos cansados de refrescar o rosto na lava do inferno
De sermos invisíveis, tratados como indignos ou criminosos
O sistema é cínico, alguns seres sem escrúpulos
Aquele estupro é romantizado
E o aborto é inadmissível no olhar religioso
Vocês falam de Deus, mas levam o demônio no peito
Em meio aos anticristos, sejamos fiéis discípulos
Falaremos sobre e além do que é visto
Mesmo que isso resulte sermos crucificados