Espingarda pá-pá-pá-pá
Faca de ponta tá-tá-tá-tá

Jacarecica, Ponta Verde, Morro Grosso
Levada, Cambona e Poço, Bebedouro, Jaraguá
Coqueiro Seco, do outro lado da lagoa
Se atravessa na canoa, Lamarão é no Pilá

O Engenho da Massangana faz dez anos que não mói
A cana está no campo, o animal é quem destrói
Eita caboclo, vida boa é cá pra nós
O gato se conhece por ser ruim e ser veloz
Seu mané da Massangana, veja isso mas não caia
Eu vendo cem gato na vista no semblante e não desmaio

Adeus Mamãe de Luanda, e adeus meu o filho nogueira
Que lhe trouvesse da feira trovedor de cada banda
Minha mãe, fale mais baixo, deixe de tanto xamego
Eu vi o Chico bêbo, Calazan no chão deitado
Mas se o chão não é furado no engenho não te recebo

Minha espingarda tem a boca envenenada
De matar onça pintada, caititu, tamanduá
Eu dei um tiro na cabeça da guariba
Que a bala passou por riba, matou dois maracajás

E lá na venda quando os cabra tão danado
Fica tudo arrepiado com vontade de brigar
Pega-pega-pega, amarra-amarra, emenda-emenda
Caixeiro venha pra venda que o matuto quer comprar

Que suadeiro fizera aquela canaia
Tinha uns cabra de Atalaia, me chamaram pra tocar
E o cabra do bombo, quando vai tocando marcha
Mas e o cabra da caixa num sentava o calcanhar
A caixa véia tinha mais de mili rombo
Mas veio o cabra do bombo, tinha o pé de chapuá

Ajustei um casamento lá pra banda da Gurvéia
Pensando que era uma moça, me topei com uma véia
Casei com essa véia pra livrar da fiarada
Quando a véia apareceu foi com dez numa ninhada