Pra alcançar você vai ter que relutar
O caminho não é fácil de encontrar
Mas vale a pena, vale a pena, desespero
O aconchego do algo maior, o desapego
De tudo que tinha ao meu redor

Já é quase meia-noite hora da guerra começar, em vez de estrelas no espaço escuta balas de ak, sem motivação, conflito em vão, enquanto o meu povo corre atrás do pão, mas para que tentar, atrapalhar, se todo mundo tem o seu lugar

Olha o horizonte e perco a visão, ofuscado, cegado, por aquele clarão, ontem na drugas nas rimas parecia um canhão, me infiltrei na sua alma, causando uma explosão

Lembro da palavra, um dia citada, que não me levou a nada, uma vida magoada, prefiro levar porrada, que sentir a dor, que me afetou me desanimou, ouvindo ao fundo que a comida acabou, e o sol já raiou, mas ainda eu não sei o que é o amor

Dentro da favela a prova de fogo
Só sabe quem viver nela, se você chegar aos 18 conceber medalha de ouro campo minado a guerra impera pés descalços pisando nela ó pátria amada Brasil não foi tão gentil com a favela

Sem estrutura sua compostura algo que alimente essa ditadura louca vida bruta infraestrutura não existe para quem vem da rua sem gosto de perder o sabor doce veio ao me ver que em cada conquista realizada

Foi um incentivo para quem fez pose de quebrada muitos desistem na primeira tropeçada falta palavras para quem quer deixar sua marca realizada


Para alcançar você vai ter que relutar, o caminho não é fácil de encontrar, mas vale a pena, vale a pena