Barco ao léu sem proa
Minha mente anda à toa
Tentando recolher os cacos
Que ficaram no caminho até aqui

Esse farol tem um brilho tão estranho
Prefiro deixar o escuro me guiar
Seu mapa deixou de ser confiável
Na incerteza meu abrigo vou buscar

Agora eu quero ver
O circo pegar fogo
Pra ver se o caos
Floresce o que há de bom em mim
O que há de bom em nós

Cordeiro é demodê
Qual é a nova pele da moda
Que eu vou usar pra me esconder

Cercado por excesso de fatos
Num nevoeiro de informação
Quadrado Mágico: dono da verdade
Finjo que caio nessa conveniente ilusão

Agora eu quero ver
O circo pegar fogo
Pra ver se o caos
Floresce o que há de bom em mim
O que há de bom em nós

Agora eu vou fazer
A sua máscara cair
Só assim, só assim
Vou poder contemplar
Seu verdadeiro semblante

O seu verdadeiro semblante
O seu verdadeiro semblante…

A mão cheia de dedos
Ninguém pra apontar
Não olha no espelho
Você vai se assustar
Espelho e fumaça
É bom pra disfarçar
Onde há fumaça há fogo
Eu vou deixar queimar

Agora eu quero ver
O circo pegar fogo
Pra ver se o caos
Floresce o há de bom em nós
O que há de bom

Meça bem, suas palavras:
Corda pra se enforcar
Imaculada crença:
Caráter a duvidar