Toco na ferida e desperto

Algo passado; que estava encoberto...

Não quero lembrar! Não quero lembrar!

Vejo minha imagem no espelho e

Desperto a fúria que dormiu o ano inteiro,

Não posso lembrar! Não posso lembrar!

Insone! Insone! Insone!

Corro e vou a busca de mim mesmo.

De Um copo d'água que afogue minha mágoa...

Não posso lembrar, não quero lembrar!

Abro uma bebida, encho a cara

Folheio revistas em busca de notícias,

A me enganar! A me enganar!

Insone! Insone! Insone!

Acendo um cigarro e me deito,

Ligo a tv à procura de um alento...

Pra me enganar! Pra me enganar!

Levanto, fecho a porta; apago a luz.

Cerro os olhos, e tento me lembrar...

O que não lembro mais,

Já não lembro mais!

Insano! Insano! Insano! Insone!