Acordando cedo
Minha semana começa
Sobrevivendo sem medo
Montando peça por peça

Começa mais uma luta
Tenho que viver correndo
Tenho que ter mente astuta
Se não eu morro por dentro

Me sinto preso num loop
Onde tudo que eu faço
São coisas fúteis
Perdido no espaço
Minha alma congela
Não sei nem dizer mais
Como é a voz dela

Meu ar vai se acabar
Eu preciso de ajuda
Vou me entregar
Em busca de alguma luz

Que esteja sempre ao meu alcance
Que nunca seja apenas por instantes
Angústia bate em minha porta
Eu lhe digo "Que bela visita"
Ao ver que tudo estava como antes
Me Pergunta "Como vai a vida?"

Eu a olho nos olhos, respiro fundo "Sempre esteve uma bagunça.
Noites em claro, pavor absoluto
Fazem anos que nada nunca muda"

Tenho tentado bastante
Me manter de pé
Mas a cada instante
Eu vou perdendo a fé
Não posso deixar isso acontecer
Depois de tudo, não posso morrer

Ainda quero me sentir mais vivo
Ainda quero sentir seu carinho
Ainda quero voar pelo sonho
Eu preciso seguir meu caminho

Não importa quantas vezes eu estabilizar
Sinto que sempre vou desabar
Nesse navio, o que importa é o poder
O mais fraco sempre vai perder

Ignorância é benção
Tudo tem seus limites
Até mesmo um medíocre
Pode ter aversão

A todos os tipos de crimes
Absolutos não existem
Tudo é uma grande comédia
Onde os ricos assistem