Bagagens são propostas reflexivas e dolorosas/
Que servem de lições em meio a escolhas perigosas/
Carne, osso e joias: armaduras pra se auto socorrer/
Vaidades inglórias/
O excesso de ego é o que faz retroceder/
O amor é a cura da dor e há quem prefira correr/
Individualismo na capsula da tecnologia/
Na busca do que é descartável mera fantasia/
Metade do que eu vejo é um espelho e me revejo a cada dia/
Orai e vigiai nessa noite fria/
Atualmente eu sinto mais do que eu sentia/
Pois me mantive em silencio na vigília/
Para me livrar das perdas que me adoecia/
Desistência é inconsequência/
Quando o sonho é pra viver/
Despertar é coerência/
Materializa o teu querer/

[Refrão 1]
Pra semente fecundar e assim nascer/
O crescimento é consequência de amadurecer/
A vivência aperfeiçoa a essência/
E se o ritual é do “eu” deixa eu mesma fazer/


Qual a sensação desse marasmo de zelo?/
Escute agora o apelo do seu peito/
Pois todo fim é composto de um leito/
E o resultado de estar vivo é nunca sair ileso/
O que falta é perceber/
Que os ciclos se repetem ate o dia de morrer/
Sejamos gratos ao caminhar/
Passo a passo compreendendo onde iremos chegar/
“A colheita é farta pra quem tem olhos de céu/
E regou o solo com águas de magoas/
Transmutando feridas abertas em verdadeiras mestras/
Cessando todas as causas./
E se a chuva é purificação, deixo chover/
Após longos ciclos de seca/
No cerrado do meu ser/

[Refrão 2]
Pra semente fecundar e assim nascer/
É consequência de amadurecer/
Se o ritual é do “eu”/
Deixa chover...