Não tenho curso e não tenho faculdade
eu estudo o rap faço rimas com vontade
aonde tem boom bap nós tá
a maré tá alta mesmo assim eu vou remar
o tempo é rei eu sei, maldita lei também
tipo Robin Hood, não se ilude
temperatura que ninguém segura
tem zona de conforto e zona da amargura

literatura babilônia tá em chamas
cê pensa que me engana mas na minha mente não
situação entre becos e vielas nossa voz vai navegando
sempre lembrando que o governo mete a mão até no nosso pão
sistema te oprime pra uns tá tudo 'bão'
o tempo passa criolo doido já dizia
se nadar de costa jacaré abraça

aonde tem freestyle com certeza tem fumaça
não gosto de novela não vejo mais a praça
sigo pontuando quebrando as correntes
movido pela fé em Deus
são várias glórias e vitórias o trajeto eu faço o meu

um brinde a quem não se corrompeu
se o fulano deu mancada eu só vou fazer o meu
em terra de cordeiro é facil ser leão
mas na selva de sangue cê tá com o c* na mão
então o vento vem, o sol também apareceu amém
se a lição de casa é hip-hop nós tirou nota 10
tipo um tiro de glock selva de pedra vários robôcop

nossas rimas num pros loque
essência da favela, nós põem fogo na vela (yow, yow, yow)
qual é o sentido da vida? Sexto sentido
então me diz qual é a chave do cadeado meu querido
de passagem lá pro outro lado nois segue fazendo um RAP
e passando papo reto e correndo atraz dos fardo

bruxaria, feitiçaria É O Ciclone papo reto em poesia
Nostalgia, noite e dia
seres humanos convivem sem alegria

um salve aos irmão que já se foi
que é lembrado e até hoje conceituado
olha nois aí representando Curitiba city capital
e o Paraná gangsta nosso estado
aqui o fato é anormal
realidade fatos reais nos jornais só tragédia
queimo um beck na sequência faço uma prece uma reza

surfando nesse beat e vou,
e as palavra que casa no flow
vulcão tá em erupção eu vou que vou
sem personagem o RAP não é viajem
procuro as respostas das palavras no mundo selvagem