Fazer parte do jogo
Sujo, eu refiz a lista
Quer entrevista em zona mista?
Só cuidado com o logo
Fogo nos racista Nojo de tempero pronto
Pra que tanto quadro? Pintam a vida só com giz branco no estojo!
Sempre quis dizer; Representativade não é coisa de lok
Entro no Assis, lembro do Doc
Me sinto Cris
Fiz segurança pus gravata Não compactuo com barca
Esse é meu lado Pode chamar de Lamarca
Não é post mortem nem digo figurativo
Não confundo rap com crime, nem bolo no pote
Eu ganhei uma Caloi dez setenta e dois raio, top
Visto que eu ia voar A mãe foi e trocou no Master System
Mais tarde a bike virou um pandemônio do caralho
Presente era esmola do otário que explorou o pai no trabalho
Favelado incriminado pelo homem da toga
A ignorância é foda então libera a porra da poda
Sei que cê riu, de fato
Por que já parou Paulinho?
Eu resolvi fazer uns asfalto, eu fiquei trancado sozinho
Trilhar um novo caminho, como cantar num palco
Meu Deus é bom sonhar alto, mas sonhe alto baixinho
Como no frio cicatrizamos com capuz
Quantos ferimentos com pus
Quantos ainda compus e não expus
Paz a pessoa mais pura que eu conhecia
Ela não merecia sofrer assim, mas quem merecia?
Então reveja os conceito sobre arma, efeito e mulher
Com a receita e o talher porcione tudo em uma colher de chá
Apelaram como Athena dizendo que eu ia murchar
Inspiração, slogan da arena; orra meu, ce vai deixar?
Então vê direito
É pra ajudar periferia e somar com três
Não é pra ficar balançando as nota de cem pra vocês
Magina eu crucificar sua codeína
Sou quem?
Mas lembro a América Latina que não estamos nos States
Liberdade por completo
Quando a mulher parar de ser objeto
E nois de vomitar dejeto
Deste lado com latão só o pó, com um copo destilado uhum
Não nasci pra ser o patrão, muito menos pra ter um
Escorre uma gota de sangue do olho à cada Rafa Braga
Umas peças lavadas e o restante tudo de molho
Eu quero que exploda a tv, blogueira e seu padrão europeu
Revolução é meu filho olhar e falar:
ó lá isso aqui não é eu pai

Rei ou ser Pelé?
No mute ou radioativo?
Não aprendi a orar e pedir aos céus
Que só os meus se mantenham em pé
Liberdade que cê quer?
Não é liberdade que cê quer?

Cheguei sem avisar
Assim, idem as canções
Cometo erros iguais a Deus atendendo aquelas orações
Sabe aquelas orações?
São só decorações

E aí ladrão,
eu quero ver sua lealdade
Se quando a chapa esquenta
Tu diz ser quem é de verdade

O certo é o certo
que prevaleça assim
Nessa selva de pedra
onde a guerra não tem fim

Vários querem ""dim dim"" necessitam desse mal
Mesmo sabendo que não levaremos nada no final
Me chama de marginal, favelado, vagabundo
""Garoto da ZL"" submisso ao subúrbio

Inimigo dos playboy
que retrata a vida louca
Quando eu chego a madame
fecha a cara, esconde a bolsa

Me julga pela aparência me chama de bandido
Mas eu não tenho terno, dona não sou político

Eu não tenho partido fecho com meus irmãos
Firme e forte, disciplina, foco na missão
Se sente protegida dentro do seu condôminio
Dando voto pra verme ficar nos oprimindo

Cansado da opressão a favela reagiu
E hoje a ""Dissciplina"" tá por todo o Brasil
Essa realidade de noiz, periferia
Dos becos e vielas os ""falcão"" vão tá na ativa

Não é apologia só falar verdade
pode até me censurar
Mas não escondi a verdade!
Cês tão achando que essa porra é filme?

Quantos parceiros eu perdi no mundo do crime?
Quantos velórios e enterros tristes?
E mesmo assim sou raíz
Firme e forte que persiste

Mas tenho fé que essa porra vai mudar
Deus escuta as orações de quem não cansa de buscar
Do jovem favelado que por muitos foi esquecido
e a sede de justiça de quem nasceu sendo oprimido

Trilhando esse caminho nas ruas de terra
Vivendo e aprendendo com os efeitos da guerra
Mas mesmo assim eu não deixei de buscar
Decifrei os enigmas que me fizeram mudar

Y hoy soy libre
Para poder cantar tendo certeza que Deus irá me escutar

Bem aventurados os que sofrem
perseguição por causa da justiça
Porque deles é o Reino de Deus
que assim seja