Curtas do Rap est une chanson en Portugais
O mundo me intimou pra fazer história
Então peguei minha mochila e saí porta a fora
Foram momentos de tragédia e alguns de glória
Levo o rap como universo e a rua como escola
O mundo me intimou pra fazer história
Então peguei minha mochila e saí porta a fora
Foram momentos de tragédia e alguns de glória
Aguarde as próximas cenas dessa trajetória
Dos Santos me pediu pra eu contar uma história
Não consigo contar se não for a nossa
Foram momentos de tragédia e alguns de glória
Você não sai da minha cabeça, e o que eu faço agora?
Com você perdi todas minhas apostas
E até me envolvi em algumas tretas
Uns preferem as mais claras
Prefiro você toda preta
Assim racista não toca
Comédia não fareja
Eu não saio da toca
E evito seu problema
Racista não toca
Comédia não fareja
Eu não saio da toca
E evito seu problema
Dos Santos me pediu pra eu contar uma história
Não consigo contar se não for a nossa
Foram momentos de tragédia e alguns de glória
E eu nem falo de mina, eu falo das notas
Estávamos a caminho de uma apresentação
No carro ideia sobre rap junto com os irmãos
Comemorando aquela oportunidade
Eu nervoso que ía cantar numa universidade
Umas oito da noite começa o intervalo
Testa o mic, DJ nos riscos, som no talo
Fui na frente da plateia, nem era num palco que eu tava pisando
Só eu e minhas ideias, geral se identificando
Fui aplaudido, todos fomos, Hip Hop tava ali
Realidade mostrando, mas tinha mais por vir
Na saída foi aquela cena
Empurrando o carro do Abú na frente da faculdade inteira
O posto mais perto era longe, não dá pra se esconder
Uns rindo, outros envergonhado querendo correr
Foi cansativo e engraçado, histórias da vida
Demos o máximo, ficou marcado e a missão cumprida
Quanta alegria sentia quando me via na vila
Cantando uns rap com a rapa a batida vinha
""Mão na cabeça, silêncio, só falem quando eu falar
Quem tem passagem pro lado, nós já vai conversar""
Abordagem é normal pra quem mora no gueto
Seja dentro do gueto ou no rolê pelo centro
Perfil de marginal, largado, despreocupado
Mas o olhar de quem passou veneno estampado
A rotina intrigante, olhares de medo
Quem é pobre, preto, sabe o que é preconceito
Tão engraçado o segurança no supermercado
Mas não é engraçado com a tua coroa do lado
Minha aparência já enganou muitos que julgaram
Apertando a minha mão semblante apavorado
Sou capaz de perdoar, as vezes é difícil
Então enxergue o que eu sou e não julgue os meus vícios
O mundo me intimou pra fazer história
Então peguei minha mochila e saí porta a fora
Foram momentos de tragédia e alguns de glória
Levo o rap como universo e a rua como escola
O mundo me intimou pra fazer história
Então peguei minha mochila e saí porta a fora
Foram momentos de tragédia e alguns de glória
Aguarde as próximas cenas dessa trajetória