Eu me acostumei com esse cenário trágico, cômico Tipo ralado do asfalto, ônibus Ando em pé com ele lotado, como Tivesse sido pisoteado, sido pisoteado Se te fizeram a carne preta mais barata do mercado Hoje sim, te faço valer mais caro Sou diamante de sangue lapidado Desejo do homem branco, é rouba-lo (vem fella) Fela da p*ta, quem és tu pra me apontar Tu se meteu com a minha cultura, agora aprende a se portar Tu se importou com a importância que eu nunca vou te dar To com o meu tempo ocupado, não paro de trabalhar
Eu vivo a música, ou a música que vive em mim? Eu vim das ruas, por isso eu não temo a morte Eu vi vários holofotes, eu nunca mosquei com o corre Eu nunca contei com a sorte, ela que espera por mim (vai esperar)
Mano, não se perde na brita A noite é uma besta faminta Quando é breve ou tarde pra mudar a vida Corre rápido a mentira A verdade chega tarde Minha rima pega fogo faz anos não dias Palavra é boomerangue, poesia estilingue
Manauara nato, com meu bonde não brinque Foco no objetivo, meu olhar fixo
Falta adjetivo pra me descrever quando eu rimo É um pugilista no ringue
Poesia pra ela brincando com a base Amor sou bilingue, quando vejo tua boca formando umas frases Olhos de Tigre, com o mic na mão, o céu se abre Vim na contra-mão cheguei mais rápido Várias demão pra chegar no verso mais ácido, áspero, próspero Menor, não para a vitória ta próxima Dei nó, complexidade do óbvio Essa não é minha primeira, nem a última letra, é lógico JDV BDN, V. XAMÃ 2088