Pra sustentar a cultura – que sustenta esta nação –
Tivemos quatro esteios: pilares da tradição!

O primeiro – Paixão Côrtes!... construtor de tudo isso...
A propulssão do que somos, sendo a chama – lá no início!...
– Homem de campo e de lombro, que veio lá de Santana,
Pra laçar toda a cultura nas braças do que se ama!

O segundo – o velho Telmo!... da sua gaita de botão...
– De rio, de pátria e bailanta... de saudade e coração!...
Canto antigo pela fala, ele que tanto esquilou
A lã da saudade bruta que de São Borja restou!

Escute, sobre essa gente, sobre o povo desse lugar:
Pessoas que são esteios... e cada um é um pilar!

São tentos da mesma lonca...
Chispas do mesmo tição...
Telhas da mesma cumieira...
Garras do mesmo galpão!...
– Exemplo para o que somos:
Pilares da tradição!!!

Cada um com seus caminhos... com as suas geografias...
– Mas com a luz própria, da gesta, da tradição de hoje em dia!

O terceiro – um Bertussi... lá da Criúva encantada...
Das dobras que a serra pinta, com paisagem acaboclada!...
– Rei da cordeona e dos bailes, de toda a raça italiana
Que deu cultura colona pra vaneira que nos hermana!

Por fim, o quarto – o Tio Nico... do Alegrete, lendário...
O único desses troncos que cruzou o itinerário!...
– Mas ficou dele a história, cada versos e sua essência...
...Como pilar dos gaúchos de todas nossas querências!

O início do que somos, de um mundo em movimento...
– Que se eu chamar de outro nome, eu chamo de: Sentimento!