A noite você vem, e nós dois já sabemos que eu fico louco, e não é pouco, você habita o meu corpo espiritual carnal, e eu te canto a te ficar rouco, eu penso na tua pele, na tua boca e na tua bunda, eu penso numa casa e num quintal, por mais que a minha mente seja um tanto quanto imunda, eu sonho em estender as suas roupas no varal mulher, eu quero dose fixas de cafune, pra eu sentir meu corpo em chamas, tu não me procuras mais quando te encontro tu diz que me amas perco a postura fico grogue por umas semanas, não foge eu acho, que com nosso amor o buraco é mais embaixo, nem vou comparar porque se não e esculacho eu tento te esquecer em outras bocas não me encaixo, sou forte mais facilmente eu perco a sanidade de repente, as vezes acredito que você é uma serpente, a eternidade é pouco pra te ver dançando lentamente, eu falo serio quando digo que você me assombra, e minha sombra te procura nas calçadas, e nos meus sonhos você sempre vem gelada, prestes a me saciar, eu me afogo em teus seios e delicadamente com a minha mão faço um passeio, em teu corpo nu, o ar é rarefeito o quarto toma uma tonalidade azul, e eu acordo você vai embora, tão de pressa a minha alma chora, não me faz sentido e nem deveria, sempre nesses dias eu me esqueço do agora, a verdade é que ninguém faz como agente faz, sei que é tarde mais não esqueço jamais, o teu corpo magnetiza com o meu eu, canto rindo ao lembrar do que já aconteceu, é uma espécie de paz, eu meio que me sinto em casa, você deitada comigo pelada, sem me dizer nada, como eu pude ser capaz ? é uma especie de paz, eu canto pra minha flor amada, que mesmo estando longe não importa aonde, sempre me visita na calada..