Trago a guitarra nos braços E abro o peito no “más”, Para uma copla de paz Num despertar de esperança. Pra aquele gaúcho bueno Que Deus me deu como amigo E dentro de mim segue vivo Na mais bonita lembrança.
Hoje te evoco parceiro E me comovo ao cantá-lo Pois tudo isso que falo
O Rio grande é testemunha. Teu nome será lembrado Por teu ímpeto guerreiro, Pelo canto galponeiro - Adão Cirinei da Cunha!

Enquanto houver uma gaita Destrinchando uma vaneira Com gorjeios de rancheira Num galpão de chão batido. Seguiremos no teu rastro, Na xucra autenticidade De quem canta com verdade O nosso pago nativo.

Pelas lentes fez poesia Pras molduras dos retratos Registrou histórias e fatos, Fez do teu pago pintura. Viu sonhos se realizarem No ritual dos casais, E o choro quieto dos pais Vendo a geração futura.
E no arremate da trança Neste cantar de oferenda, Peço para que compreendas Este meu canto fecundo. Seu Adão semeou no mundo
Valores de uma cultura, Firmou o tirão com bravura - O taura de Passo Fundo