Li, pixado numa banca
“O diabo veste farda”
Com suas armas
Robotizados feito aviões

E quando vi na multidão
Ferozes
A matar
Quem não tinha nada a ver com nada

Nesse azar que narra
Amargo soluço de compaixão

Ah... se minha reza chegasse depressa
Nas filas dos hospitais
Na extinção dos animais
No sangue, nas mentiras da TV
Meu corpo todo gritaria
Pois pobre é minha poesia
Perto do anseio de voltar

Quem não tinha nada a ver com nada