O Futuro Que Eu Quis pra Mim est une chanson en Portugais
Eu vim aqui para encontrar
Pessoas deitadas em qualquer lugar
Pedindo alguma coisa
Que só eu posso dar
Agora me acusam
De tirar o que é do povo
De deixar sem meu consolo
Aqueles que tanto ajudei
Eu vim aqui para justificar
Quanto tempo eu passei em minha sala
Quanta grana bem guardada em minha mala
Para construir o futuro que eu quis pra mim
Ai! Quanta ponte eu fiz entre lugar algum
Ligando qualquer lugar a lugar nenhum
Na esperança de chegar ao que não vem
Ai! Eu tentei construir um novo sonho
Mas o Inspetor deste governo tão medonho
Não me deixa mais içar o amanhã
E agora, a tirania que eu tanto ajudei
Desgraçada não quer mais o que eu lhe dei
Quis comprar seu silêncio, mas ela não mais vendeu
Nossa que gritão! Esse homem aí deve ser bem gordão pra ter uma voz assim!
É, mas, quem sou eu pra julgar quem é gordo, né! Quem é magro, quem é rico, quem é pobre. No meio dessa bagunça toda, o tal do Inspetor até acabou fugindo da cidade com medo de ser desmascarado.
Mas, isso não importa! O que importa, de verdade, é que todo mundo sempre se esquecia de uma velha que estava tentando falar com o prefeito há quase um ano, mas ninguém dava ouvidos a ela. Essa senhora queria que as coisas mudassem de verdade. Ela queria o avesso de tudo aquilo que existia ali. Ela queria o avesso de todo aquele avesso.
Ela só queria o que era correto! E ela era como todo mundo deve ser.
E eu?! Eu sou o contador de histórias. Eu sou todo mundo. E próprio sou...
A mulher desse povoado, mas também sou os homens, as crianças, os jovens e os velhos. Eu sou aquela que tenta falar mas é calada, aquela que age mas é coibida, aquela que sobrevive e não simplesmente vive. Eu sou você, sou seu reflexo e espelho e assim sou, sou assim.