Percebi que o fundo do poço consome
Lagrimas da minha historia
Lastimável, tentei achar outro culpado
mas a culpa te apunhala pelas costas
Eu não enxergo pq a culpa tá no ponto cego
onde meu ego fala mais alto
Onde eh palco pra quem é louco
Até o sangue virou tira-gosto

Momentos só aparecem pra que venham os momentos bons
E os sons só são registro dos fins da minha percepção
Mas eu faço pra cada passo
Mais um esboço do meu esforço
pra obra final eu sei não é normal
o peso que eu levo aqui
Mas eh parte do mal
que assombram tudo aquilo que eu vi e fiz
Eu não tenho mais espaço pra respirar

Nem o ser vivo mais forte aguenta o peso do mundo
Me deixem respirar
Mar de espinhos, eu quase afundo
Antes do fim pude acordar
A saída é seu olhar
Viver sem eu já nem sei
Babe cê me faz tão bem (yeah)
Senti o peso nos ombros
de todas dores e mágoas
A paz envolta em escombros
na estrutura da alma
Na busca do que acalma
e luta contra os demônios
que ofuscam os sonhos
e a dor no meio da palma
Boto o fone e desligo
Angústia na minha caneta
Vozes conversam comigo
Quem descreveu o poeta?
Como uma russa roleta
Faces que assassino
em toda obra que assino
Até que não reste nem mais uma
que consuma toda a essência
O amor não vive na aparência
O peito grita quando ele sente
o quente do mel da sua boca
e da fumaça do nosso incenso
O mundo para, fica em silêncio
Nem o ser vivo mais forte aguenta o peso do mundo
Me deixem respirar
Mar de espinhos, eu quase afundo
Antes do fim pude acordar
A saída é seu olhar
Viver sem eu já nem sei
Babe cê me faz tão bem