Se a vida é um jogo, irmão, Deus não joga dados,
Eu sou responsável por cada escolha que faço/
Cada ato, cada passo, entre acertos e fracassos,
Sempre junto os meus cacos, sim eu sou um belo mosáico/

Se desertos são escolas, eu já tenho alguns diplomas,
A vida trás aflições, mas o sofrimento é o que nos forja/
Erros trazem dores, em silêncio a alma chora,
Mas se erros ensinam lições, crescemos de dentro pra fora/

Há feridas que os anos não curam,
Muitas com o tempo apenas se ocultam,
Sem renúncia, sem perdão, nunca cicatrizarão/
Fiz do amor meu mestre, só o amor é remédio de fato,
Nele venço, nele vivo, eu me ergo, e me refaço/

Minha trajetória, lágrimas e glórias,
O que vivi, fui eu que escrevi, não tem como apagar,
Minha história, perdas e vítórias,
Se eu errar vou reescrever, quantas vezes eu precisar/

Refrão:
Se a vida é um jogo, eu ainda não aprendi a jogar,
A cada passo um erro novo, que me faz voltar algumas casas/
Se a vida é um jogo, a cada derrota vou recomeçar denovo,
Denovo, denovo, denovo, até que eu vença, vou tentar denovo/

O fracasso é mais fácil, né? Mais fácil que a vitória,
Destruíram seus sonhos, te apontaram o dedo e disseram que não era a hora/
Mas a vida é escada irmão uma hora você sobe, outra hora você desce,
Não murmura na luta, levante a cabeça, persista na prece/

Quem te escuta só age no tempo certo, iê,
Não desista mesmo que no meio do caminho você botou tudo a perder/
Somos feitos de carne, ossos, sangue e pecados,
Amores corrompidos mas regenerados /

E o tempo, virou remédio, pra curar o tédio,
A sua presença revirou os móveis da casa, a estrutura do prédio/
Sinta-se renovado, mesmo sem grana, sem trampo, sem carro,
Tem alguém na ""situ"" bem pior que a tua, então vai viver não seja mais um ingrato, não/

E, sempre curando a decepção,
me sinto bem mais forte segurando tua mão/
Me sinto protegido, firme com os pés no chão,
Agora vou atrás do sim, sem ter medo do não/

E..mais 24 horas que se vão,
perder faz parte a derrota serviu de lição/
enxergue todos á sua volta batendo com as mãos,
São palmas de quem te julgou quando tava no chão/