Eu venho de um planeta distante
Terra de gigantes, os que se achavam mais malandro são os que morreram antes
Bagulho é selva irmão, quem não aceita vira refeição
Só não esperem que os homens concordem
Mataram os sonhos dos meus manos que trampavam em shpping
Não deixe que ele te derrotem
E eu, quero só meu microfone, não adianta nem chamar os home
Que nós da o pinote que nem Al Capone
Já desisti, já morri e já fui normal
E não te vi chorando no meu funeral
Não me leve a mal, é que eu me sinto tão vem
Escutando Gal e Jorge Ben
Eu sinto como se eu tivesse 17 outra vez
Sem me preocupa com o fim do mês
Lembrando de tudo o que a gente fez
É que eu vim cantar pras crianças, pros mortos e pros louco
Só não pense que o que a gente fez foi pouco

Não me leve a mal, se eu não sou igual a você
Não me leve a mal, eu tenho mais o que fazer
Não me leve a mal, se nessa terra de gigantes,
Os gigantes são errantes, fazem poucos, são falantes

Governo roubando sempre, diga as contas quem paga
Quantos Lindomar quantos Rafael Braga
Quantos filho da puta, cumprindo sua pena em casa
Tipo rouba, mas paga, se caga pro povo ou pras cobras
Criminaliza quem vive com a sobra, veta na sombra, sempre de escolta, a vida te cobra, vida desdobra, escondido nas sombras, vivendo com as sobras.
Deputado aperta a mão do povo, sorri na candidatura
Quando eleito a história muda direita pra ditadura
Vende a minha e vende a tua liberdade na rua
Veta em nome de deus, investigação na cara dura
Votaram pela família, mas não é a minha nem a tua
Acabaram com a liberdade, o povo ainda aplaude nas ruas
Corações de pedra, árvores de plástico
Meu povo estático se mexe por sinais de rádio
Seguindo a vida desse jeito porque é mais prático
Século vinte e um, ceifadores simpáticos

Não me leve a mal, se eu não sou igual a você
Não me leve a mal, eu tenho mais o que fazer
Não me leve a mal, se nessa terra de gigantes,
Os gigantes são errantes, fazem poucos, são falantes

Minha segurança eu mesmo faço não preciso de escolta
Posso tá lá embaixo mas em um segundo eu to de volta
Me desafia, tua argumentação faço fatias
Com as rimas mais pesadas, farejo um novo dia
E bota o capacete que lá vem pedrada, invadimos a cena
Quem quiser cola com a rapa
Não precisamos de muito, precisamos de luz, precisamos de guerreiros precisamo de tu
O RAP é a informação que nas mãos erradas, enfraquece a nação com ideias não articuladas
Se dizem inovadores, trazendo é novas dores
E as crianças se afundam em drogas tão constragedoras
Já pensei errei, eu vou sair é dessa neura
Na real eu entra é fudendo com a tua pleura
De quarta a quarta feira eu não vou nem descançar
Construção do ideal é eterno mano, sem parar

Não me leve a mal, se eu não sou igual a você
Não me leve a mal, eu tenho mais o que fazer
Não me leve a mal, se nessa terra de gigantes,
Os gigantes são errantes, fazem poucos, são falantes