Inalando pó de fada

Pra inibir o sopor

Sugando sangue de cabra

Pra desprender quem eu sou


Seguindo a velha estrada

Queimando a todo vapor

Sujando o céu de topázio

Com a fuligem que sou


Sobre os meus ombros

Pesam todos os escombros

Do que eu construí

E depois destruí


Derrete o doce na língua

Pra implodir a prisão

Mas essas grades são minhas

Refletem a encarnação

Buscando andar na neblina

Sem ver a palma da mão

A última gota me guia

Para um cochilo no chão


Sobre os meus ombros

Pesam todos os escombros

Do que eu construí

E depois destruí


O que levou até aqui?

O chamado do gargalo, ri

Quem eu sou, quem construí?

Chupacabra viciado em autodestruir.