Crônica de Breque (Valdir Lopes)



De repente fiz um samba invocado aqui no banco da praça

Quase três da madrugada, aproveitei solidão

Ai, ai, meu Deus, que tempo bom, sem violência ou contramão, quanta poesia

Atitude fomos ""caras pintadas"" pela dignidade

Mas, com tanta corrupção, estamos preocupados

Com a polícia, com a política malícia, com a milícia

Meu Deus do céu quanta notícia


É que tantas coisas acontecem, o amor padece e outros lances mais

Como eu sou bom rapaz, bebo toda água da fonte da vida

Na sombra dessa tarde a cantar

Etelvina, minha nega, sou eu,

o seu cantor sobre o seu violão, mas que satisfação


De repente os caras jogam bombas sobre nossas cabeças

Mas vejam só que proeza, dizem que quem vendeu

foi senhor Bucho, foi senhor Brucho


Mas agora minha gente cresceu, tá ligada, tá na Net

E um virtual com Elizete, hein? a tal globalização

Deslumbradora, sedutora, esmagadora

Que não sabemos nem de longe usar


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De repente chego do batente com a batalha vencida

Mas, feito uma bala perdida, bang-bang na TV, celebridades e heróis

Mas agora minha gente cresceu, tá ligada, tá na Net

E um virtual com Elizete, hein? a tal globalização

Deslumbradora, sedutora, esmagadora

Que não sabemos nem de longe usar


É que tantas coisas acontecem, o amor padece e outros lances mais

Como eu sou bom rapaz, bebo toda água da fonte da vida

Na sombra dessa tarde a chamar

Etelvina, minha nega, sou eu,

o seu cantor sobre o seu violão,

...no aconchego dessa nega eu deito e rolo...