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Paroles de Último Bochincho

Interprètes Adair Lemos FáveroPedro Júnio da FontouraJosé Luiz RigottiValdir VeronaFernando Rigotti

Paroles de la chanson Último Bochincho par Adair Lemos Fávero lyrics officiel

Último Bochincho est une chanson en Portugais

A de oito baixo roncava
e o candeeiro estremecia,
nem o tinhoso sabia
o beleléu que se armava.
A cordeona resmungava
e parou de supetão,
quando levei um carão
da china que eu negaciava.


Levantou cinza com poeira
quando cortei a cordeona
bem pelo meio a chorona
no correr da carneadeira.
Parou de repente a zoeira,
ficou só o ar fumacento
e o meu arrependimento
pra durar a vida inteira.


Cortar uma gaita em duas
só por capricho, um pecado.
O velho órgão sagrado
das nossas missas charruas.
Quantas pragas de xiruas
com desaforos malucos
e relampear de trabucos,
tinir de adagas e puas.


Pra descrever o brinquedo,
isso não é bem assim.
No fragor do rintintim
onde não vale segredo.
Ali o índio que tem medo
nem que não queira se entangue,
sentindo cheiro de sangue
e o choro do chinaredo.


Quem nunca viu, ficou vendo
o resultado do talho
como quem corta um baralho
num jogo em que está perdendo.
Foi como um chiado fervendo
num olheiro de formiga,
quem não tem nada co’a briga
peleia se defendendo.


Senti na testa um chispaço
que pegou de refilão
e um estouro de facão
quase me troncheia um braço,
mas alarguei meu espaço
de costa contra a parede
um índio veio com sede
lo desguampei de um planaço.


Num medonho solavanco
perdeu pé, a bugra Raimunda.
Larguei um pardo cacunda
e outro meio lonanco.
O gaiteiro atrás dum banco
benzido à moda Gaúcha
contra bala de garrucha
e folha de ferro branco.


Depois de tudo acabado
isso foi lá pelas tantas,
lombos cortados, gargantas
e bugre descadeirado.
Sangue fresco misturado
com gordura de candeeiro,
mas saiu limpo o gaiteiro
que o tocador é sagrado


Quando veio o comissário
pra resolver os assunto,
pra encomendar os defunto
veio também o vigário.
Ainda hoje o virgindário
quando fala, se arrepia.
Nunca mais desde este dia
festejei aniversário.


E a china? Não sei da china,
pra onde foi, nem donde veio.
Lambe sal nalgum rodeio
da Pampa Continentina.
Cortando talvez a crina
nas minguantes de setembro,
por castigo ainda me lembro
daquela maula brasina.
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