Fim de tarde, mãe solteira que volta cansada
Uma vila, sambava, pagode, lambada
notas que sangravam

As dores de muitos, o conflito de mais um
Só globo, sem Cartoon, snooker, saloon
Procura de algum

ou alguém, solidão é um trem que te faz confiar
É uma criança de olho triste que ninguém quer abraçar
É muito amor pra muito ódio, uma mistura de água e óleo
A humanidade é uma ciência de um experimento impróprio

Por isso me encontrei nos projéteis, a morte do Wesley
Me fez pensar melhor sobre os tempos inférteis
Morreu dando a vida pelo pão, eles lá também tem pão
e tem patê e tem pavê noiz tem a piada ""pacumê""

Só tinha essa pra abraçar, só tinha essa pra acolher
Quem será que vai sofrer? Tem muito mano pra correr
Muito inocente pra morrer, muito parente pra chorar
Não tem ninguém pra me entender e eu não quero entender ninguém

Aconteceu do jeito, que eu não queria
Apareceu, nas necessidades da vida
Da janela eu vejo, luzes azuis e vermelhas
e só a carne mais barata que torra na grelha (2x)

a cena de ontem berrou, perdi meu carango
como que pode vazamo no zero assim sem nada do banco
Todo talento que eu tinha joguei no vaso,
eu to no prazo
Toda razão que eu tinha hoje é só descaso

O céu ta nublado a cena ta estranha
rodando uns cara esquisito
eu to querendo vazar pra espanha
me sinto perseguido


O mundo inteiro estudando meus passos
eu com um boné que esconde o rosto,
eles não vem meu esforço mas
tbm sou de carne e osso

em passos largos sem rumo, ascendo fumo um cigarro
cuidando o farol dos carros, pensando em planos bem raros

Eu me pergunto sera que da tempo ja to pra pirar
Minhas mãos soam e meu cel num para de tocar