Como te doem os sentimentos quando não os deixas ir
Como se apagam as lembranças quando ainda vivem em mim?
É difícil perdoar, mas mais difícil perdoar-te a ti
Às vezes penso que estou louca
Porque louca me senti
Louca como o mar, que não se entende o que faz nem aonde vai
Só ele pode entender
E encontrar-se em alguém mais
Será que o ser humano nunca aprende a nadar?
Em busca do sentido e não poder parar
Perdida no deserto e não consigo saciar
Saciar a alma fria, voltar a respirar
Saciar a alma em pena, saciar para curar
Dizer que nada dói, dizer que vai passar
Confundir os papéis, já não consigo atuar
Querer voltar no tempo e recomeçar
Fugi da minha realidade, me tranquei na minha solidão
E isso de recomeçar nem consigo começar
Quantas vezes o nomeei, quantas vezes avisei
Mas não quiseste ver (quiseste ver)
Não quiseste saber
Não quiseste me conhecer, eu só queria correr
Mas por correr descalça tenho feridas na pele
São feridas que te embaçam
São feridas que te nublam
São feridas que te embaçam, são feridas que te nublam

E esse medo de não encontrar as palavras
E esse medo de não saber aonde vou
E esse medo de não saber meu nome
E a calma que nunca mais voltou

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