Mas quantos cantores educados, essas caixas de som
Dizem, vocês também como eu não pagam impostos?
Mas sério, vocês declaram as pilhas de dinheiro que ganham?
Parecem mais bons que um frade, para as massas

E se for, tiro o chapéu
Primeiros da classe? Por que faltam na chamada?
Os professores e o zelador me acham um bobo
Amarram minhas mãos, mas eu escrevo com o pássaro
Se falo bobagens todos dizem "que lindo!"
Se faço polêmica, sou carne para o abate

Por caridade, muito melhor as banalidades
Falar de emoções, esse é o lema
Como é? Não acha emocionante o estrondo
Se esperar um segundo, te proponho daqui de baixo
Da poesia eu não dou a mínima
Eu mesmo nasci por causa de um preservativo que se rompeu
(Mas droga, maldição)
Por sete, por oito, biscoito

É por isso que sigo a lei da urtiga
Que todos os dias me incita
Quando escrevo o texto, o que você quer que eu diga
Não tem graça se não irrita
É por isso que sigo a lei da urtiga
Que todos os dias me incita
Quando escrevo o texto, o que você quer que eu diga
Não tem graça se não irrita

Fale de amor, senhor
Do amor que não morre
Mas você não conclui um vínculo
Suas damas te chamam de infame, por você se tornam freiras

Não reconhece a prole
Alimente-a como um bom pastor
Em vez de atirar flechas no coração
Para roubar todos os direitos autorais

Mas o que é o amor? Mas o que é o amor?
É um conceito que significa tudo e nada
Do amor óbvio do homem apaixonado
Ao amor em sentido amplo pela humanidade
Caro professor, dá para sentir que você mente
Você é o amante que quer se passar por estudante
Seu bote faz mais água que um incontinente
Para quem gosta de ser picante

É por isso que sigo a lei da urtiga
Que todos os dias me incita
Quando escrevo o texto, o que você quer que eu diga
Não tem graça se não irrita
É por isso que sigo a lei da urtiga
Que todos os dias me incita
Quando escrevo o texto, o que você quer que eu diga
Não tem graça se não irrita

Gosto de quem desafina, quem distorce o que toca
A cantora com a voz boa que vá para o inferno
Fico no coro do clero
Em vez de desfilar de preto no orgulhoso gala
Mas que caridade, aquilo é um covil de gagás
Com o paparazzo que te diz, "Olha aqui!"
Mas, naquela foto lá
Meu canário faz montanhas de cocô
Cantam alegres motivos de hit and run
Construídos com mais cálculos que em Fiuggi
Se a vaca não amamenta
O que você ordenha? O que você pica? Eu não, longe de mim

Fujo com uma derrapada
Se tenho algo a dizer à amada, a coloco de quatro
A-ha, minha adorada, o amor não se diz, se faz
Aqui estou eu para a orgia

É por isso que sigo a lei da urtiga, a ah
Quando escrevo o texto, o que você quer que eu diga, a ah
É por isso que sigo a lei da urtiga, a ah
Quando escrevo o texto, o que você quer que eu diga, a ah
Trabalhamos e nos esforçamos pela lei da urtiga

La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la
La-la-la, la-la-la, la-la-la, la-la-la la

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