Talvez seja tarde
Ou você não me atenda mais
Eu errei, queria voltar atrás
E só sei a falta que tu faz

Seu girassol tava lá na janela, ele acabou murchando
Sigo ganhando a cena da janela ainda to te esperando
Ruas vazias, solidão
Moral, Ego e autoestima no chão
Rolês em claro e as noites são
Cortes profundos cheiro de depressão

A culpa foi minha mas a empatia não
Enquanto seu ego inflava partia o meu coração
Como se fosse um carro a milhão na contramão
Ou uma tarde chuvosa no fundo de um busão

Pétalas queimadas jogadas ao chão
Mas seria ilusão achar que tudo foi em vão
O vidro tá embaçado assim como a minha visão
Não sei por que as pessoas vem, mas são por erros que se vão

Antes de voltar pra cama eu paro e penso se valeu ou não
Como se pode seguir em frente se o arrependimento bate como a força de um vulcão
Independente da forma que tudo terminou
Eu sei que não vou esquecer aquilo que ficou
Eu já pensei em fazer tudo, tipo ignorar meu ego e abrir mão do meu orgulho

Se meu cobertor falasse ele diria que sente falta da tua pele
Se os meus olhos falassem eles diriam que sem teu sorriso nada nesse mundo serve
Papo de quem não superou nem a metade né?
Foda-se seu julgamento te faltou verdade
Ignore as cartas dessa letra se na tua mente eu não faço parte

Imerso no passo
Destino é o acaso
Não sinto mais nada nesse mundo falso
Há de ser melhor
Há de ser melhor
Mergulho profundo nesse ego raso

Imerso no acaso
Destino eu passo
Não vai fazer falta se as flores forem de plástico
Não vai fazer falta se as flores forem de plástico

Seguimos intactos
Com sorriso de plástico
Com o ego intacto
Nós seguimos de plástico