Alma reprimida,
num corpo cansado,
movendo montanhas
com a força do ódio.

que se foda o pódio,
me joguei do prédio,
dispensei o prêmio,
arte não tem preço.

morri mas tô vivo,
so que ainda menos,
considero incrível
o meu pique ameno.

vejo como deus,
de cima pra baixo,
me sinto colibri,
froid estava certo.

sempre estou certo
de que sou o melhor,
chamam de egoísmo,
eu so fui sincero.

falo muito sério,
olha pro meu rosto,
se estiver sorrindo,
juro que é forjado.

jogando agressivo,
tipo fifa street,
batendo com a força
do grave do beat.

quebrando correntes,
rompendo limites,
estou me movendo
pra sobreviver.

anti-social
como jean grey,
manipulo o caos
ao meu redor.

xavier nas linhas,
flow telepatia,
linguagem de marte,
poucos me entendem.

habitando planos
que ninguém visita,
me isolo sempre,
odeio visitas.

solidão é chave
pra me entender,
sem nenhuma cópia,
sem contradizer.

grave falha nunca,
soco na sua nuca,
no fundo do poço
pedras, ouro bruto.

urubus que morram,
eu não vou ceder,
escrevo com sangue,
arte de renascer.

so pedra nos pela,
passa nada não,
matando zumbi,
zerando missão.

yoru muito raro,
flor nesse deserto,
de desert eagle,
de longe te acerto.

mirando progresso,
dinheiro faz parte,
so fecho com quem
sabe fazer arte.

eu me sinto freud,
psicanalista,
itachi uchiha,
frio e calculista.

fechando essa faixa
com chave de ouro,
eu tenho a chave,
querem meu tesouro.

zerando esse game
com facilidade,
passando de fase
com sagacidade.